Para levantar a grana pra fazer o tour, resolvi inicialmente ir a todas as agências de turismo da cidade, para ver se havia alguma maneira de pagar o tour com o meu trabalho. Dizia que não necessitava de dinheiro nem nada, apenas de um lugar para dormir e montar a barraca, mas mesmo assim não tive sucesso.
Pela noite minha sorte mudou. Acabei chegando até Juan Quesada, um dos caciques da cidade, que tem uma rede de hotéis na região e uma agência de turismo também. Inicialmente Juan me disse que não tinha muito para eu fazer por ali, mas que havia gostado da atitude de pedir trabalho e não dinheiro, por isso no dia seguinte veríamos qual seria meu novo emprego. Como o hotel onde eu estava custava 50 dólares, enquanto os outros da região custavam no máximo 3, ele apenas me cedeu um canto numa sauna desativada e empoeirada para dormir, o que pra mim já estava bom até demais. No primeiro dia trabalhei como jardineiro e carregador de areia, justamente para a obra da saúda onde eu dormia.
A cidade estava sem luz neste dia, sendo que a prefeitura havia avisado que teríamos mais 2 dias de apagão. Sem luz não há como bombear a gasolina para os carros, o que deixou a cidade absolutamente parada, pois Uyuni basicamente sobrevive dos passeios que são feitos pela região. Ao ver os turistas loucos por vir de tão longe e ter de retornar, assim como os donos de agências loucos por perder tanta grana, imaginei que se eu conseguisse resolver o problema de combustível minha sorte poderia mudar. Me pus a pensar um bocado até chegar à solução mais simples, porém que ninguém havia pensado.
Como Juan tinha uma agência de turismo em Potosi, sugeri que ele trouxesse uma de suas caminhonetes lotadas de gasolina para cá, pois as agências estavam perdendo muito dinheiro pela falta de gasolina, o que basicamente quer dizer que ele a venderia ao preço que bem entendesse. Tá bom, isso é capitalismo selvagem, mas foi uma ótima oportunidade para movimentar novamente o turismo da região, além de mostrar para Juan que eu poderia ser melhor trabalhando com a cabeça do que com os braços. Depois disso, disse para Juan que no Brasil trabalhava com marketing e treinamento de pessoas, por isso lhe ofereci uma proposta de Assessoria de Marketing.
Estruturei uma boa proposta de treinamento de funcionários para atendimento ao cliente, o que é o ponto mais fraco dos hotéis daqui, seguido de um pequeno plano de endomarketing pra garantir o bom resultado dos treinamentos, algo como planos de incentivo, motivação e etc. Inicialmente treinaria apenas os funcionários do hotel onde eu estava, mas gostaram tanto da idéia que resolveram expandir a proposta para toda a rede! Agora, apenas no meu segundo dia, fui promovido a consultor de marketing, com todas as regalias de hospedagem e comida que eu poderia imaginar.
Depois de 2 dias fiz o seminário para o pessoal, sendo que o resultado foi tão positivo que me rendeu algumas indicações para trabalhar em outros hotéis de Uyuni e de Potosi. De um dia para o outro, muitas pessoas me convidavam para almoços e festas, quando em certo ponto me vi como uma pessoa realmente importante na cidade. Agora por aqui me chamam de Don Ricardo, que é basicamente um cumprimento que denota hierarquia. O mais engraçado é que eu fiz nada de complexo na minha assessoria! O que para mim era básico antes, me faz um gênio por agora por aqui.
Sinceramente digo que eu poderia ganhar uma boa grana se ficasse por aqui mais alguns meses, mas definitivamente este não é o meu foco. Não faria o mínimo sentido se eu largasse tudo no Brasil para pedalar, para depois parar tudo em função de dinheiro! Viver feliz é o foco, por isso necessito apenas do dinheiro necessário para isso.
Pela noite minha sorte mudou. Acabei chegando até Juan Quesada, um dos caciques da cidade, que tem uma rede de hotéis na região e uma agência de turismo também. Inicialmente Juan me disse que não tinha muito para eu fazer por ali, mas que havia gostado da atitude de pedir trabalho e não dinheiro, por isso no dia seguinte veríamos qual seria meu novo emprego. Como o hotel onde eu estava custava 50 dólares, enquanto os outros da região custavam no máximo 3, ele apenas me cedeu um canto numa sauna desativada e empoeirada para dormir, o que pra mim já estava bom até demais. No primeiro dia trabalhei como jardineiro e carregador de areia, justamente para a obra da saúda onde eu dormia.
A cidade estava sem luz neste dia, sendo que a prefeitura havia avisado que teríamos mais 2 dias de apagão. Sem luz não há como bombear a gasolina para os carros, o que deixou a cidade absolutamente parada, pois Uyuni basicamente sobrevive dos passeios que são feitos pela região. Ao ver os turistas loucos por vir de tão longe e ter de retornar, assim como os donos de agências loucos por perder tanta grana, imaginei que se eu conseguisse resolver o problema de combustível minha sorte poderia mudar. Me pus a pensar um bocado até chegar à solução mais simples, porém que ninguém havia pensado.
Como Juan tinha uma agência de turismo em Potosi, sugeri que ele trouxesse uma de suas caminhonetes lotadas de gasolina para cá, pois as agências estavam perdendo muito dinheiro pela falta de gasolina, o que basicamente quer dizer que ele a venderia ao preço que bem entendesse. Tá bom, isso é capitalismo selvagem, mas foi uma ótima oportunidade para movimentar novamente o turismo da região, além de mostrar para Juan que eu poderia ser melhor trabalhando com a cabeça do que com os braços. Depois disso, disse para Juan que no Brasil trabalhava com marketing e treinamento de pessoas, por isso lhe ofereci uma proposta de Assessoria de Marketing.
Estruturei uma boa proposta de treinamento de funcionários para atendimento ao cliente, o que é o ponto mais fraco dos hotéis daqui, seguido de um pequeno plano de endomarketing pra garantir o bom resultado dos treinamentos, algo como planos de incentivo, motivação e etc. Inicialmente treinaria apenas os funcionários do hotel onde eu estava, mas gostaram tanto da idéia que resolveram expandir a proposta para toda a rede! Agora, apenas no meu segundo dia, fui promovido a consultor de marketing, com todas as regalias de hospedagem e comida que eu poderia imaginar.
Depois de 2 dias fiz o seminário para o pessoal, sendo que o resultado foi tão positivo que me rendeu algumas indicações para trabalhar em outros hotéis de Uyuni e de Potosi. De um dia para o outro, muitas pessoas me convidavam para almoços e festas, quando em certo ponto me vi como uma pessoa realmente importante na cidade. Agora por aqui me chamam de Don Ricardo, que é basicamente um cumprimento que denota hierarquia. O mais engraçado é que eu fiz nada de complexo na minha assessoria! O que para mim era básico antes, me faz um gênio por agora por aqui.
Sinceramente digo que eu poderia ganhar uma boa grana se ficasse por aqui mais alguns meses, mas definitivamente este não é o meu foco. Não faria o mínimo sentido se eu largasse tudo no Brasil para pedalar, para depois parar tudo em função de dinheiro! Viver feliz é o foco, por isso necessito apenas do dinheiro necessário para isso.